terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Sós No Mundo

Primeiro ficámos sós.
Eu e tu.

Rompemos o nosso silêncio como quem invade
O território que não nos é devido.

Ficámos sós no mundo e o mundo deixou-nos sedentos de solidão.
Essa solidão que te falo é aquela em que mereço ser Homem.
É aquela que tanto procuro e que não a encontro
Porque tu não estás lá.

Lentamente, afogo as recordações.

Aos poucos deixo-me ir na corrente
E procuro-te nos escombros.

Ando á procura da tua pele, da tua boca
Do teu incoerente sorriso.

A maré onde é invocado o teu nome vezes sem conta
Vai de encontro ao muro que rodeia o meu coração.
Imprevisivel.
Do nada.

Não sei o que me queres.
Mas eu sei que te quero.

Agora já não estamos sós.
Nem sei sequer se estamos no mundo.
Mas enquanto existir em mim a coragem de te merecer
Terei sempre a vontade de te apertar nos meus braços
E dizer-te:

Esta é a minha alma.

Leva-a contigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário