Primeiro ficámos sós.
Eu e tu.
Rompemos o nosso silêncio como quem invade
O território que não nos é devido.
Ficámos sós no mundo e o mundo deixou-nos sedentos de solidão.
Essa solidão que te falo é aquela em que mereço ser Homem.
É aquela que tanto procuro e que não a encontro
Porque tu não estás lá.
Lentamente, afogo as recordações.
Aos poucos deixo-me ir na corrente
E procuro-te nos escombros.
Ando á procura da tua pele, da tua boca
Do teu incoerente sorriso.
A maré onde é invocado o teu nome vezes sem conta
Vai de encontro ao muro que rodeia o meu coração.
Imprevisivel.
Do nada.
Não sei o que me queres.
Mas eu sei que te quero.
Agora já não estamos sós.
Nem sei sequer se estamos no mundo.
Mas enquanto existir em mim a coragem de te merecer
Terei sempre a vontade de te apertar nos meus braços
E dizer-te:
Esta é a minha alma.
Leva-a contigo.
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